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Mostrando postagens de 2017

Sobre a Introdução às Admoestações

“Sobre esse título, encontramos 28 pequenos escritos, redigidos e recolhidos, não se sabe bem ainda por quem, nem onde e nem quando. Os franciscanólogos, como Esser, porém não duvidam de que na origem dessas pequenas pérolas da Espiritualidade Franciscanas esteja a pessoa de Francisco. Mas, como teriam surgido esses opúsculos? Qual seria sua natureza e suas características? Qual sua importância para a Espiritualidade Franciscana? Talvez se possa dizer que as Admoestações são pequenas sínteses ou resumos das intervenções de Francisco nos famosos Capítulos de Pentecostes. Era aí, nesses encontros de toda a fraternidade, que o seráfico pai dava suas orientações e fazia suas exortações, como observam muito bem suas Legendas. Uma vez que o âmago desta Regra e desta Vida é o Seguimento de Jesus Cristo, vivendo em obediência, em castidade e sem próprio, não é de se estranhar que todos esses textos, quase sempre, iniciem ou tenham como ponto de partida um dito do Evangelho. Diz o Senhor ,...

Como ler a bíblia

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A Inveja: o demônio na Vida Religiosa

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            ‘A felicidade do outro é minha tristeza’. Ela, a inveja, é filha da preguiça, pois, como fruto imaturo, não se esforça em nada para atingir aquilo que admira. Tem como resultado a tristeza pela alegria alheia. A conquista da pessoa que é elogiada funciona como um punhal no coração do invejoso. Sente-se inseguro e recorre normalmente a vingança. Pensa consigo: “Vamos ver que tem mais elogios? ”. Ou “Vamos ver quem tem mais amigos? ”. Por ‘amigo’ entenda: serviçal ao Narciso. Porque somente pode ser ‘amigo’ do invejoso se esse encontra nos indivíduos, adoradores de sua própria imagem.             Na Vida Religiosa tem tal demônio? Sim. Na verdade, ele está em todos nós. Sempre à espreita. Somente manifestando quando se sente desconsiderado. E tal situação emerge depois que se instala o vício da busca de elogio. O religioso desatento – sem reflexão e or...

Paixão de Cristo e sentimentalismo

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A paixão de Cristo é nossa paixão? Em uma sociedade que preza pelo bem-estar acima de tudo, a Paixão de Cristo somente tem lugar como sentimentalismo. Que em sua vertente moderna acaba por intoxicar os que querem ter uma experiência romântica e ‘gostosa’ do rito religioso. Falar de um Deus homem que sofreu, frustrou-se, teve medo, duvidou, não agrada mais o público sedento de milagres e curas. Como que um Deus que se revelou fraco, amando e angustiado pelos amigos e discípulos, pode fazer alguma coisa? Percebe-se nas conversas com muitos cristãos hoje que uma divindade que não pode nos tirar do sofrimento não tem serventia. Caso Deus não seja eficaz naquilo que queremos, Ele não é onipotente. Assim, nota-se que no próprio discurso e prática atual cristã passou a existir uma negação da Paixão de Cristo. Nega-se um Deus que sofre com seu povo, que caminha com cada um, seja na alegria ou no sofrimento, e em decorrência, a identificação com Ele. Logo, pessoas estão ficando doent...

Crítica ao Filme "A Cabana"

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Assisti ao filme A Cabana nessa semana. Há muito tempo tinha lido o livro. Considero um bom filme para assistir. Principalmente para aqueles que se interessa por religião, sofrimento, sentido da vida, etc. Quem não gosta de drama, não recomendo. Em relação à idéia cristã de Deus que o filme tenta passar, posso dizer que supera bastante as idéias das igrejas novas evangélicas (neo-pentecostalismo) e do devocionalismo católico. Assim, também, com as idéias mais correntes do espiritismo (‘superar’ pode ser problemático aqui, mas, por enquanto, deixo essa palavra). Quero deixar claro aqui que não falo dos instruídos nas doutrinas cristãs, mas da população em geral, que pouco ou nada tem de acesso as idéias mais substancial da mensagem cristã. O que acaba por trair a mensagem cristã no filme parece justamente ser a certeza que o pai tem ao ver a filha em uma espécie de céu. Poderíamos levantar aqui diversas questões sofre isso. Porém, o que me chama atenção é que a vida real não...

Sentimentos e rito litúrgico

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Diversas comunidades cristãs celebraram o Domingo de Ramos nesse último dia 09 de abril. Antes de presidir a celebração eucarística tive a oportunidade de assistir uma missa pela TV. Percebi que as pessoas, como também o presidente da celebração, alegres faziam a procissão de ramos. E esse clima de alegria, ao menos expressos nas faces, permaneceu durante praticamente toda a celebração. Também, observando as redes sociais, constatei a mesma situação. Dessas observadas, apenas a imagem do Papa Francisco diferiam das demais. Francisco tinha o rosto mais meditativo e concentrado.   Claro que não queremos aqui fazer uma generalização, mas apenas apontar para algo estranho nessas celebrações: que é a ‘aparente’ alegria que muitos expressavam. Dizemos ‘aparência’, pois o contexto litúrgico não favorecia tal sentimento. As leituras, com exceção do Evangelho do início, eram fortes na negação da Boa Nova pelos líderes religiosos da época como também pelos discípulos que ainda não co...

Páscoa é a plenitude da sensibilidade de Deus

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Artigo publicado no Correio Riograndense, Acesse: http://www.correioriograndense.com.br/noticias/especial/03-04-2017/pascoa-e-a-plenitude-da-sensibilidade-de-deus

Relacionamentos e felicidade

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Pode a busca de felicidade causar tristeza? Sim. Aqui talvez falte a nós maior consciência de nossas potencialidades e fragilidades. Possa ser que, por exemplo: quero encontrar um relacionamento, mas tenho muita insegurança, acho que as pessoas não gostam de mim, que elas tem que provar seu amor constantemente, etc. Ficarei triste rapidamente, pois a outra pessoa não conseguirá atingir minhas exigências. Busco sinceramente estar bem, mas quando tento, me frustro. Então é preciso buscar auxílio profissional. Não se preocupe, pode ser que seu caso seja simples e que em algumas sessões já tenha condições de olhar a vida de forma diferente. Muitas pessoas passam por muitos relacionamentos e ficam cada dia mais tristes sentido que são incapazes de ser felizes. Buscam a felicidade e acabam encontrando tristeza. A terapia vai ajudar a ter uma nova postura perante si próprio e a vida. A busca da realização pessoal será mais equilibrada e a pessoa se tornará ap...

Religiosidade, Álcool, Medicamentos e outras drogas

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Os Psicólogos tem seu terapeuta?

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Para a maioria das pessoas pode ser surpresa quando respondemos que sim. Eles fazem e devem fazer terapia. Já imaginou um médico que estudou toda a teoria da medicina e nunca praticou em laboratório e na residência, tendo um médico chefe para o orientar? Pois bem, da mesma forma são os psicólogos. Na medida em que, progridem e aperfeiçoam sua profissão (e aqui falo exclusivamente da clínica), os profissionais vão percebendo que precisam de outros colegas para ajudar em alguns casos. Principalmente aqueles em que percebem que não progridem com o paciente. Auxiliado por um colega de profissão, o psicólogo pode descobrir pontos cegos em si mesmo que precisam de terapia. Dando início a ela, a terapia do paciente que está sendo atendido e que estava estagnada, passa a caminhar melhor. O profissional responsável pelos seus pacientes sempre se recicla. Seja a partir do estudo, na conversa com outros colegas da área e na terapia pessoal. Logo, o psicólogo que busca tam...

Depressão e Religiosidade

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Pode alguma prática religiosa ajudar a pessoa a sair de um estado depressivo? O psiquiatra suíço C. G. Jung perguntava a seus pacientes se eles tinham alguma vivência religiosa. Quando algum deles tinha abandonado ou vinham de alguma tradição cultural que detinha determinada forma de religiosidade, ele pedia que retomasse tal prática. Ou seja, podemos dizem que sim, se a pessoa já tem ou tinha algum comportamento religioso. Porém, deve ser averiguado adequadamente. Pois a religiosidade pode se tornar também uma fonte de manutenção da neurose, impedindo o paciente de progredir no tratamento. Dessa maneira, somente ao longo da terapêutica é que se vai se constatar ou não tal situação. O que podemos falar de início é que sim, a religiosidade pode ajudar. Por outro lado, como dissemos, quando a prática religiosa é de estrutura imatura, passa a existir a negação da doença e dificilmente se procura um tratamento psicológico ou se resiste a ele, deixando as sessões bem no início do p...

O que é depressão

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A depressão é uma doença que vem crescendo e afligindo pessoas no mundo todo, interferindo na concentração, na motivação e em muitos outros aspectos da vida. Ela é uma desordem complexa, envolvendo muitos sistemas do corpo. Inclui-se o sistema imunológico, causando perca ou ganho de peso como ainda doenças oportunistas. Sabemos que todos têm que lidar com frustrações e tristezas na vida. Em alguns momentos certo baixo humor é natural e mostra que a pessoa está até mesmo sadia, pois foi capaz naturalmente de sentir e lidar com a dor. Contudo, tristezas prolongadas e baixa resistência a frustrações podem ser preocupantes. O melhor a fazer é procurar o especialista. A terapia psicológica é altamente recomendada. Primeiro passo é dizer sobre a situação. E nada melhor do que falar com um profissional da área. Os amigos e parentes por vezes não entendem e alguns acham que é até bobagem e caba por não escutar e considerar o que se tem a dizer. Em alguns casos o acompanhamento p...

Psicologia no dia-a-dia: relacionamento e frustrações

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Certo dia, estava em uma biblioteca e ouvia os funcionários conversando sobre relacionamentos. Como estamos em recesso escolar, eles ficaram bem a vontade. Quem estava por perto poderia escutar facilmente toda a história. No início pensei em ir até eles e falar que atrapalhavam uns poucos alunos que faziam suas pesquisas. Porém, deixei de lado meu livro e fiquei ouvindo para tentar compreender toda a situação. Dizem que psicólogo é curioso, mas não se trata somente disso. Estava lendo nesses dias sobre a busca de sentido que cada um realiza. Seja na família, no trabalho, no estudo, etc. E ali bem perto podia perceber o debate da vida real. Era notório que cada um ficava na espera que o outro (marido, esposa, amigo) o poderia fazer ‘totalmente’ feliz. Porém, o que se podia concluir das três pessoas que conversavam era que eles estavam passando por situações de frustração. Que estavam suportando e havia momentos que eram difíceis. Vem a nós algumas perguntas: Por que coloc...