Psicologia

O que precisamos para ser felizes?


Todos sabem que não existe como que uma ‘receita de bolo’ para a felicidade, porém podemos nos precaver de alguns erros. Quem foi que disse que as coisas têm que ser perfeitas para se ter a felicidade? Quem que nos enganou dizendo que os relacionamentos devem dar sempre certos e que todos os romances terminam bem? E quem falou que em nossa família tudo deve correr a mil maravilhas? E na prática religiosa, quem foi que disse que a busca de Deus nesta vida redundaria em felicidade automática? Estão contanto inverdades para nós.

            Muitos sabem disso pela vida adulta que bate á porta, quando o início da maturidade se faz necessário. Contudo (podendo ser nós mesmos) alguns pensam que a felicidade seria a paz total, a tranquilidade sem conflitos, um constante estado de alegria. Neste caso uma dose de conselho faz bem. Dicas que possa nós lançar na vida como ela é. As fantasias, os sonhos fazem parte dela. Só que eles precisam ser coerentes. Por vezes aprendemos aos poucos. Quando idealizamos alguma situação em demasia. Tudo bem! Não precisamos nos julgar se fazemos tal coisa. Faz parte do caminho de acertos e erros. Como a criança que levanta e cai, até aprender andar. Nós também precisamos passar por processo semelhante.  

            Encarar as realidades da vida se faz necessário para termos uma vida mais feliz. Tal estado de graça não quer dizer ausência de conflitos, sacrifícios e dores, pois a existência nos reserva sempre surpresas. A perca de alguém querido, a doença que bate à porta, um relacionamento frustrado, etc. são acontecimentos que nenhum de nós quer para si. Todavia nós seremos atingindo por eles. As vezes de forma mais amena, outros fortes e dolorosas.


            Quantas vezes ouvimos pessoas dizerem: “Há, foi Deus que quis!” ou algo semelhante. Mas será que é isso mesmo? Não! Penso que não. Temos a liberdade. Somos seres livres. Podemos fazer escolhas erradas e nos machucar. Também vivemos dentro de limitações físicas, biológicas, psicológicas, etc. sofremos devido a essa condição finita.

            Acontecimentos mais graves como doenças, acidentes, catástrofes, etc. dentro dessa existência, vão acontecer. Precisamos aprender a ser fortes em tudo isso. A consciência desse nosso estado criatural não é para nos desanimar ou para entregarmos os ‘pontos’, é para que nós possamos nos superar. Chorar quando e tempo de chorar, rir quando é tempo de rir.


            Chorar por alguém que se foi é sinal do amor que tínhamos por aquela pessoa. Sorrir e brincar com amigos e familiares também são acenos desse mesmo amor. A felicidade talvez esteja relacionada a uma vida bem vivida. Intensamente assumida em todos as suas manifestações. 

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A Psicologia em suas diversas escolas pode sim nos ajudar no crescimento humano-espiritual. Todavia, sempre devemos estar atentos para uma abordagem sadia. Hoje corre em geral por aí a busca de um bem-estar constante. Lógico que todos nós buscamos algo melhor, mas na vida temos contratemos que não temos como escapar: Uma doença, o envelhecimento, a morte, etc. Uma psicologia sadia pode nos auxiliar a encarrar tais finitudes naturais de nossa condição.

Não há como negar que um psicologismo adentrou na espiritualidade. Na nossa vivência de fé. Fazemos de tudo para sentirmos bem. E por vezes, usamos da prática religiosa para, como que em um supermercado, buscar aquilo que nos satisfaz.O modo da espiritualidade cristã não está neste contexto. 

A psicologia pode sim dar pistas se estamos em um processo de amadurecimento ou se estamos atrofiando, mesmo tentando viver a espiritualidade. A psicologia pode funcionar como solvente para nossos enganos e revelar nosso caminhar. Porém, se queremos crescer mais, devemos dar passos maiores, mas por enquanto, basta saber que podemos ter esta ciência por companheira. 

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Autoconhecimento:
Depressão e atividade física

Depressão normalmente a entendemos como um estado de tristeza, de pessimismo, de desânimo perante a vida. A depressão na visão dos profissionais da saúde é algo bastaste preocupante. Refere-se a uma doença que deve ser tratada.

As tristezas que todos temos são eventos naturais da vida. Perda de uma pessoa, uma paixão não correspondida, a frustração com um amigo etc. Sentir-se afetado com tais acontecimentos não é sinal direto de uma depressão enquanto doença. É uma reação normal e sadia, dando-nos sinais de nossos sentimentos mais valiosos. Quem não choraria a perda de uma pessoa amada ou uma paixão frustrada. Tudo isso são situações que vivemos e sofremos e que não caracteriza uma doença.

Os sintomas da depressão como doença são variados. Pode ocorrer sensações de palpitação, enjôos, choros ou dificuldade de expressão dos sentimentos. Todavia, temos um grupo de sintomas que pode indicar a doença:

·         Perda do interesse
·         Humor deprimido
·         Dificuldade de concentração
·         Perda do apetite e/ou do sono
·         Diminuição das atividades físicas
·         Sentimentos de tristeza.

Acompanha esses sintomas mudanças corporais:

·         Batimento cardíaco alterado;
·         Dores de cabeça
·         Problemas digestivos
·         Tonturas
·         Etc.

Sendo constatada a presença desses sintomas faz-se necessário procurar um profissional da saúde. A psicoterapia é indicada. Dependendo de cada caso pode-se necessitar do auxilio medicamentoso. Os dois tratamentos, psicoterápicos e psiquiátricos, têm contribuído para uma melhora significativa em situações mais graves.

A atividade física pode ser um bom auxilio para o tratamento. Nos situações onde o paciente pode realizar alguma atividade física é extremante recomendável. Pode-se começar com uma caminhada leve ou uma pedalada. A natação é também uma ótima opção para aqueles que preferem um exercício que ‘sua menos’ ou para aqueles que gostam da água.

O trabalho psicoterápico junto com a prática de exercícios físicos terá grande resultado, favorecendo a mudança de humor e a qualidade de vida. A produção do hormônio do prazer é um dos resultados da atividade física. Por falta de movimentos físicos esses hormônios diminuem e pode agravar a sensação de tristeza. À medida que se inicia a prática de exercícios físicos a pessoa passa a conhecer melhor seu corpo. Começa a lidar consigo mesmo de forma diferente. Somente de ter a circulação melhorada pela prática dos exercícios perceberá um bem estar corporal. A vida novamente é oxigenada e o vigor retorna.

É importante que toda a atividade física no caso da depressão, seja acompanhada pelo terapeuta. Ele auxiliará do processo de autoconhecimento, possibilitando a descoberta de áreas de resistência afetivas e corporais. Ou seja, assim como podemos desenvolver resistência aos processos terapêuticos também podemos ter com as atividades físicas. Isso pode ser descoberto com a ajuda profissional.

A atividade física também é um trabalho de prevenção. Se a pessoa não pratica nenhuma atividade física, está mais propensa a desenvolver a depressão e terá também maiores dificuldades em sair desses estados. Não se trata somente de estética, perder peso e ficar mais bonito. A atividade física em na contemporaneidade é uma necessidade de saúde. Previne não somente a depressão mas inúmeras doenças. Faça a experiência, desafie-se e veja os resultados no próprio corpo e nos sentimentos.

Frei Edson Matias, OFMCap.
ed.matias@gmail.com

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A importância do autoconhecimento para uma boa espiritualidade




As grandes escolas de espiritualidade cristã – agostiniana, inaciana, franciscana, carmelitana – além das tradições orientais e da filosofia, sempre propuseram um primeiro passo para o amadurecimento humano-espiritual. Cada uma delas com seu modelo, inserida no tempo com suas qualidades e limitações. Todas elas, de um modo ou de outro, apontaram para o autoconhecimento. Podemos até dizer que as terapêuticas modernas nasceram delas. Os profissionais, como psiquiatras e psicólogos, quando adentram nesse estudo percebem que ‘estava tudo ali’, às vezes de forma rudimentar, com atitudes estranhas para nosso tempo.
Infelizmente vemos que toda essa tradição das escolas da espiritualidade deixou de ser pesquisada. Às vezes por se apresentar desumanas, esdrúxulas, etc. isso não há dúvidas. Entretanto, com tais atitudes deixamos de reler os grandes sábios e místicos. O “conhece-se a ti mesmo” foi relegado à filosofia, psicologia e para as demais formas de terapêuticas da modernidade. E as práticas religiosas por muitas vezes ficaram superficiais. Vazias de conhecimento humano. O retorno do tradicionalismo é uma dessas características de uma espiritualidade anêmica. Muitas pessoas que freqüentam uma religião hoje, não conhecem a si mesmas. Ou até mesmo se escondem de si mesmas. Como é o caso das espiritualidades que procuram uma perfeição desumana.
O autoconhecimento é um passo essencial de qualquer espiritualidade sadia. Todas as grandes personalidades retomaram esse ponto e adentraram em outra forma de vida, tornando exemplo para o mundo (Francisco de Assis, Madre Tereza de Calcutá, etc.).
Autoconhecimento não é algo somente da psicologia, mas antes é uma atitude clara de crescimento humano, e assim, espiritual. Quem não se conhece sobre as conseqüências de sua escuridão.
Frei Edson Matias, OFMCap


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Relacionamentos e autoconhecimento


Vamos caminhar juntos a partir desse mês, refletindo sobre o conhecimento de nós mesmos. Encontramos vários livros, revistas e pessoas que falam sobre este processo, o chamado “autoconhecimento”. Às vezes esta palavra é usada de forma indiscriminada, soa como algo abstrato e faz pensar: “conhecer a mim mesmo?”, “como? Eu já não me conheço?”. Estes são algumas dúvidas que surgem logo de início. Convido a você para caminharmos juntos nesta estrada que se apresenta a nossa frente. De imediato dizemos que “autoconhecimento” não é um ponto de chegada, mas um de partida. Está disposto a iniciá-lo? Vamos!?
Para falar desse trabalho, podemos usar também junto com “autoconhecimento” a palavra “relacionamento”. Os dois estão intimamente ligados. Somente posso entrar neste caminho se existe um “outro”, pois é a partir dos relacionamentos que conheço a mim e a este outro. No Novo Testamento lemos: “Por que reparas no cisco que está no olho do teu irmão, quando não percebes a trave que está no teu?. Ou como poderás dizer ao teu irmão: ‘Deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu mesmo tens uma trave no teu?”. (Mt 7, 3-4). É observando como eu me relaciono com as outras pessoas (pai, mãe, irmãos, amigos, colegas de trabalho, etc) que passo a ‘ver melhor’. Quantas pessoas vivem em um mundo de exigências, querendo que tudo seja de seu jeito. O resultado disso é no mínimo uma frustração, pois as outras pessoas, como ela, também tem suas carências e defeitos.
Observemos bem quando uma pessoa faz exigências o tempo todo, acaba afastando as outras. Falamos aqui de um ciclo vicioso. Quanto mais somos exigentes, querendo que os outros nos satisfaça, que elimine nossas carências, mais as pessoas em nossa volta se afastam, e isto acontecendo mais sentimos sozinhos e carentes e mais cobramos e assim por diante. Alguns casos de depressão são decorrentes desse ciclo. O sentimento de solidão acaba nos invadindo.
Uma vida de oração sincera poderá nos ajudar. Mas tomemos cuidado, e lembremos de Santa Tereza A’vila, que dizia que oração sem reflexão não é oração. Esta deve ser concreta em nossa vida. Não pode alimentar a auto-piedade ou até mesmo utiliza-la para conseguir nossos desejos não preenchidos. A oração deve nos libertar e não virar outra prisão. Ela deve leva-nos aos irmãos e não ao isolamento. Assim, também podemos observar como é nosso relacionamento com Deus. Quando sentimos que temos uma obrigação em fazer algum ato piedoso, chegou a hora de questionarmos se conheço Deus no amor ou no medo. A partir desta observação, trilharemos a oração-reflexão e nos conheceremos melhor. Assim, como relaciono com as pessoas, relaciono com Deus. E é dessa forma que deve ser. O que devemos procurar é amadurecer nestes relacionamentos.
É necessário sempre nos questionar, mas isto deforma que seja mais que um ato racional. Devemos ‘perceber’ qual é minha postura perante minha família, comunidade, tratalho, etc. Será que cobro demais das outras pessoas? Sou perfeccionista? Tenho auto-piedade? Faço coisas para chamar a atenção?
Quando temos um desejo muito grande de ser perfeitos (sem defeito, sem erros), e falta conhecimento próprio, acabamos virando o acusador. Assim agimos quando fazemos uma oração sem reflexão. Quando vemos erros em tudo e achamos que tudo sabemos, estamos em perigo. Por falta de conhecer a nós mesmos projetamos nas outras pessoas nossas fraquezas e tendências. Para sair desta situação devemos passar por um processo dolorido de ver que não somos a melhor pessoa do mundo, que também temos defeitos (invejas, ciúmes, insegurança, medo, etc). Conhecer estes aspectos em nós mesmos machuca nosso orgulho, todavia é um processo libertador.
“Mas em tudo isto somos mais que vencedores,...”. (Rm 8,37). As dificuldades da vida, nossas fraquezas podem esconder um presente valioso, por mais contraditório que isto pareça, despertando em nós a humildade. Mas sobre isto conversaremos nas próximas reflexões. Paz e bem! E até lá.

Fr. Edson Matias, OFMCap.

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Autoconhecimento e Atividade Física

A prática de exercícios físicos é benéfica não simplesmente para atingir uma beleza corporal, mas também para alcançar um bem emocional. Muitas pessoas reclamam de dores em diversas partes do corpo: cabeça, pernas, aperto no peito, etc. e não conseguem ligar estes estados ‘físicos’ a um corpo sem atividade.
            Muitos homens se queixam de dores no nervo ciático. Uma dor que desce desde a coluna cervical até o calcanhar. Alguns ignoram o sinal que o corpo dá e acham essas ‘dorzinhas’ sem importância. Um dos primeiros passos é buscar auxilio médico para ver se tem algo errado. Como por exemplo, uma ‘hérnia de disco’. Fazendo os exames e concluindo que não há problema físico e ainda persistindo uma dor que vai e volta, está na hora de exercitar-se. Sempre é bom procurar um profissional para fazer a avaliação corporal e ver qual o exercício físico mais recomendado. E em curto prazo as dores desaparecerão.
            Outras pessoas reclamam de ‘apertos’ na altura do tórax. Sentem sufocadas, angustiadas. Esse é um dos sintomas mais comuns entre pessoas que não fazem exercícios físicos e passam por algum problema emocional. Na tensão em que se encontram, não conseguem respirar direito. Trocam o ar muito fracamente e acabam causando má circulação sanguínea. Acompanham esse estado físico: dores de cabeça, tonturas, desânimo, sonolências e até mesmo desmaios. A prática de uma atividade física ajuda no condicionamento físico, a vencer estados emocionais – ansiedade, depressão, etc – como serve também como prevenção. Uma pessoa que pratica algum esporte tem condições melhores de enfrentar as adversidades emocionais que possam surgir.
            Conhecer a si mesmo – físico e emocionalmente – é um dos pontos essenciais de bem-estar. Normalmente os grandes problemas que muitas pessoas carregam se fundam na ausência de um autoconhecimento. Conhecer o corpo é essencial nesse processo de amadurecimento humano-espiritual. Busque sempre descobrir que é você. Como o corpo reage. O que ele está te dizendo. Escute-o. E perceberá um grande aliado nos conflitos que a vida nos impõe.

Frei Edson Matias, OFMCap.

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