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Mostrando postagens de maio, 2018

A Face do Mal

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  A artimanha do mal é fazer dele um espetáculo. O que estamos chamado de ‘espetáculo’? Seria a cortina de fumaça lançada pelas concepções religiosas atuais que, inconscientemente ou não, escondem a verdadeira face do mal, não tocando nela nem se quer com o dedo. A multiplicação de cerimonias aonde acontece exorcismo – em grande parte apenas de cunho sugestivo e psicológico – se dá em variadas denominações cristãs (evangélicas e católicas). Uma de suas características é a espetacularização, teatralização, do rito de expulsar um mal que tomou ‘posse’ do fiel. Em alguns casos, existe até mesmo uma conversa com o demônio que está na pessoa. Em outros, mais comportadas, o demônio não fala, simplesmente joga o fiel no chão. No comando desses cultos estão os líderes pentecostais e neopentecostais. Enquanto a primeira vertente expulsa o mal que impede o fiel de seguir e fazer a vontade de Deus, a segunda corrente, já interpreta a pobreza, por exemplo, como um espírito impuro. Tais c

Religiosidade Midiática

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Qualquer pessoa pode constatar as rápidas mudanças que ocorreram nos últimos trinta anos na vivência popular cristã. A rápida adoção das novas tecnologias aplicadas aos meios de comunicação e seu uso na ‘evangelização, possibilitou surgimentos de linguagens novas e surpreendentes, porém, encontra-se aí avanços e danos na mensagem cristã. Não há dúvidas que os avanços estão no projeto mesmo das igrejas de comunicar a Boa Nova. Levar a todos a mensagem de salvação. A missão encontrou e assumiu nesse novo espaço um novo vigor, atingindo grande espaços rapidamente. Em contraponto, surgiram também o esvaziamento da mensagem no mar do consumo. A religião toma ares de produto a ser oferecido de acordo com a demanda. Em tal expansão acaba gerando líderes midiáticos influenciado por correntes neopentecostais – para ser mais exato, pela teologia da prosperidade. O personalismo toma conta de emissoras evangélicas e católicas. O pastor, o padre famoso, entram em cena. Cria-se fã-clubes, m

Obediência à Igreja

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"Francisco, vai e restaura minha igreja"       O que se entende por ‘obediência’ hoje? Parece que se faz necessário, mesmo que de forma primária, refletir sobre o básico da fé cristã em questão de obediência. Em um mundo que presa pela liberta e escolha pessoal, a obediência à Igreja parece soar com opressão. Necessário aqui lembrar de Francisco de Assis e do movimento primitivo franciscano. Francisco colocou na regra para seus frades que todos deveriam ser obediência à Santa Igreja e a seus superiores legitimamente eleitos e que, por exemplo, jamais exercem a pregação sem a autorização do bispo local.         Aqueles que estavam fora da obediência eram considerados naquele período como hereges (Século XIII). Hoje, a noção de ‘herege’ parece passar para a ordem do subjetivo. No desejo de liberdade pessoal cada indivíduo em sua interpretação julga e fala o que é certo ou errado em matéria de fé. Vê-se isso claramente em alguns movimentos e ‘líderes’ tradicionalista