Paixão de Cristo e sentimentalismo
A paixão de Cristo é nossa paixão? Em uma sociedade que preza pelo bem-estar acima de tudo, a Paixão de Cristo somente tem lugar como sentimentalismo. Que em sua vertente moderna acaba por intoxicar os que querem ter uma experiência romântica e ‘gostosa’ do rito religioso. Falar de um Deus homem que sofreu, frustrou-se, teve medo, duvidou, não agrada mais o público sedento de milagres e curas. Como que um Deus que se revelou fraco, amando e angustiado pelos amigos e discípulos, pode fazer alguma coisa? Percebe-se nas conversas com muitos cristãos hoje que uma divindade que não pode nos tirar do sofrimento não tem serventia. Caso Deus não seja eficaz naquilo que queremos, Ele não é onipotente. Assim, nota-se que no próprio discurso e prática atual cristã passou a existir uma negação da Paixão de Cristo. Nega-se um Deus que sofre com seu povo, que caminha com cada um, seja na alegria ou no sofrimento, e em decorrência, a identificação com Ele. Logo, pessoas estão ficando doent